Ensino Religioso 6º Ano: Como Eu Ensino Pela BNCC

 

ensino religioso mãos juntas

Oi, professor(a)! Tudo bem com você? Hoje eu quero falar sobre um tema que costuma gerar insegurança em muitos colegas: o Ensino Religioso no 6º ano. 

Não é raro receber essa disciplina sem formação específica, sem material de apoio e ainda com o peso de ter que cumprir a BNCC da melhor forma possível.

Eu sei como é ficar com medo de ensinar errado, de ser mal interpretado ou de não conseguir abordar temas tão delicados com os alunos. 

A falta de clareza sobre o que realmente é esperado do professor nesse componente acaba travando até quem já tem experiência em sala.

Por isso, neste texto, eu vou te mostrar como eu ensino Ensino Religioso no 6º ano, com base na BNCC e sempre com respeito à diversidade e à realidade dos alunos. 

Você vai entender que é possível, sim, dar uma boa aula mesmo sem material pronto — e o melhor: vou deixar um plano de aula simples, que você pode aplicar com a sua turma ainda essa semana.

Vamos começar? Leia até o final e leve com você um exemplo real, aplicável e totalmente alinhado às diretrizes atuais.

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O Que Diz a BNCC e a Legislação Sobre o Ensino Religioso no Brasil

Muita gente ainda tem dúvidas sobre o que realmente pode ou não pode ser abordado no Ensino Religioso, principalmente no 6º ano. 

Isso acontece porque, apesar de ser um componente obrigatório nas escolas públicas, ele possui características muito específicas — e nem sempre bem compreendidas.

A primeira coisa que eu precisei entender foi o caráter do Ensino Religioso segundo a legislação brasileira: ele deve ser não confessional, ou seja, não é uma aula de catequese nem de doutrinação. 

O papel do professor não é ensinar uma religião específica, mas sim promover o conhecimento sobre a diversidade de tradições religiosas e de visões de mundo presentes na nossa sociedade.

Esse entendimento está amparado na Constituição Federal (Art. 210), na LDB (Art. 33) e em pareceres do Conselho Nacional de Educação. 

Já a BNCC estabelece o Ensino Religioso dentro do componente “Área de Ciências Humanas” e define quatro grandes campos de estudo: identidade, alteridade, diversidade e convivência.

Para o 6º ano, a BNCC apresenta habilidades como:

  • EF06ER01 – Identificar experiências religiosas na própria vida e na sociedade;
  • EF06ER02 – Reconhecer e respeitar a diversidade de manifestações religiosas;
  • EF06ER03 – Compreender símbolos e narrativas religiosas em diferentes contextos;
  • EF06ER04 – Analisar a função social das tradições religiosas e suas contribuições.

A partir dessas orientações, comecei a construir minhas aulas com mais segurança. No próximo tópico, vou te mostrar exatamente como eu ensino esse conteúdo na prática, respeitando a legislação, a BNCC e a realidade dos alunos.

Como Eu Faço Para Ensinar Ensino Religioso No 6º Ano Sem Complicação

Antes de qualquer coisa, eu sempre deixo claro para os alunos — e reforço aqui para você, professor(a): vivemos em um país laico

Isso significa que o Ensino Religioso não deve promover nenhuma religião específica, mas sim respeitar e valorizar a diversidade de crenças, inclusive a ausência delas. 

A escola é um espaço de escuta, acolhimento e convivência. E o nosso papel é criar esse ambiente com responsabilidade.

Quando eu comecei a dar essa disciplina, também me vi sem material, sem livro, sem nenhuma orientação. Era só eu e o tempo da aula. Mesmo assim, consegui construir boas experiências com os alunos — com simplicidade e intencionalidade.

A minha escolha foi começar com aquilo que os alunos já conhecem: a própria vivência. Pergunto sobre as tradições que eles têm em casa, os rituais da família, as datas que comemoram, o que ouviram falar sobre outras crenças. A partir dessas conversas, surgem temas, comparações e reflexões muito ricas.

No início do ano, costumo trabalhar a ideia de identidade e cultura pessoal. Peço que os alunos tragam objetos, símbolos ou histórias que representem quem eles são e o que valorizam. Isso cria um clima de respeito e interesse mútuo logo nas primeiras aulas.

Minha estratégia é simples: escuta ativa, conversas honestas, construção conjunta do conteúdo. Eu não chego com todas as respostas prontas — chego com perguntas que abrem espaço para a troca. E é aí que o ensino realmente acontece.

No próximo tópico, vou te mostrar um plano de aula completo, com base na BNCC, que você pode aplicar ainda essa semana. Vamos lá?

Um Exemplo de Plano de Aula de Ensino Religioso Simples que  Funciona

Uma das aulas que mais marcou minha experiência com o 6º ano foi sobre o tema diversidade religiosa. 

A habilidade da BNCC que norteou a proposta foi a EF06ER02, que fala sobre reconhecer e respeitar a diversidade de manifestações religiosas presentes na sociedade brasileira. Parece algo grande e complexo, mas eu trabalhei de forma simples e acessível.

Comecei com uma conversa aberta: perguntei aos alunos quais religiões eles conheciam ou já tinham ouvido falar. 

Deixei claro desde o início que ninguém seria obrigado a expor sua crença, e que o objetivo da aula era entender como a convivência respeitosa funciona em uma sociedade plural. 

As falas vieram com naturalidade: alguns citaram igrejas evangélicas, outros mencionaram o catolicismo, o espiritismo, o candomblé, e até o ateísmo apareceu na roda. Isso abriu espaço para escuta e curiosidade.

Depois da conversa, levei um pequeno texto impresso, com uma explicação simples sobre as principais religiões presentes no Brasil e seus elementos simbólicos. Dividimos a leitura em voz alta, comentamos trechos e discutimos algumas semelhanças e diferenças.

A produção final foi um cartaz coletivo. Pedi que cada grupo criasse uma apresentação visual sobre uma das religiões discutidas, usando desenhos, palavras, frases ou colagens com o que tinham disponível na sala. 

Nada sofisticado. Papel pardo, canetinha, lápis de cor e criatividade. Ao final, penduramos os cartazes no mural da sala com o título “Conhecer para Respeitar”.

A avaliação foi feita com base na participação nas conversas, no envolvimento com a atividade e em uma reflexão escrita que cada aluno entregou no final da aula, respondendo à pergunta: “O que eu aprendi sobre respeito hoje?”. 

As respostas foram simples, mas sinceras. E o mais importante: o ambiente que criamos foi leve, curioso e respeitoso — exatamente o que eu esperava.

Essa foi uma das aulas mais tranquilas e significativas que tive com essa turma. E tudo foi feito com o que a escola já tinha: papel, conversa e intenção.

Como Você Pode Adaptar Tudo Isso Para a Sua Realidade

Se tem algo que eu aprendi com o tempo é que o ideal nem sempre acontece. Por isso, quando falo sobre ensinar Ensino Religioso no 6º ano, sempre penso no que é possível dentro da realidade de cada escola e de cada professor. 

E a primeira dica que eu dou é: use o que você tem. De verdade. Se só tem uma aula por semana, use bem esse tempo. Se só tem quadro, caderno e uma caixa de lápis, ótimo. Dá pra fazer muita coisa com isso.

O mais importante é trabalhar com temas que façam sentido para a sua turma. Esqueça aquelas propostas distantes da realidade dos alunos. Fale sobre o cotidiano deles, sobre o que eles veem, ouvem, sentem. 

A diversidade religiosa está na rua, na vizinhança, nas conversas, nos símbolos que aparecem em datas comemorativas. Trazer isso para a sala já é um ótimo começo.

Uma prática que sempre funciona comigo é criar registros ao longo do ano. Pode ser um mural que vai crescendo com frases dos alunos, desenhos, reflexões, até mesmo recortes de jornal ou imagens impressas. 

O que importa é que fique visível para a turma e que mostre que o conteúdo está vivo ali, sendo construído por todos.

E por fim, planeje com leveza, mas com propósito. Não precisa criar uma sequência didática complexa e não deve ser mesmo! Pois estamos tratando com estudantes que ainda não atingiram maturidade total para discutir esse tema.

Basta ter clareza do que você quer alcançar com aquela aula e manter o foco em respeitar o espaço, o tempo e a diversidade de cada aluno. Quando a gente entende isso, o ensino acontece com muito mais fluidez e sentido — mesmo nas condições mais difíceis.

Conclusão

O Ensino Religioso é uma grande oportunidade de mostrar aos alunos a riqueza da convivência em uma sociedade plural. 

No Brasil, há uma diversidade impressionante: católicos, evangélicos, espíritas, umbandistas, candomblecistas, judeus, muçulmanos, budistas, praticantes de tradições indígenas e orientais, além de pessoas que não seguem nenhuma religião. Todas essas vivências merecem ser reconhecidas, respeitadas e representadas dentro da escola.

Não é necessário dominar todos os detalhes sobre essas religiões. O essencial é estar disposto(a) a conduzir com escuta, com respeito e com uma intenção pedagógica clara: ajudar os alunos a compreenderem que o outro não é ameaça — é parte do mundo.

Ensinar com base no respeito à diversidade e na liberdade religiosa torna a escola um espaço de convivência mais justa, consciente e humanizada. E isso é o que realmente importa.

Continue com o que for possível hoje. Ensine com o que estiver ao seu alcance, no tempo que tiver — mas não abra mão de colocar propósito no que faz.

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