Putin e OTAN: A Ameaça de Um Conflito Incrivelmente Perigoso. E o Futuro da Ucrânia?




O cenário geopolítico atual tem sido dominado pela crescente tensão entre a Rússia, liderada por Vladimir Putin, e os países da OTAN(Organização do Tratado do Atlântico Norte). 

Em setembro de 2024, uma nova fase desse conflito ganhou destaque com declarações contundentes de ambas as partes. 

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A Casa Branca acusou Putin de fazer ameaças "incrivelmente perigosas", sugerindo que um conflito de grandes proporções poderia ser desencadeada se a Ucrânia recebesse permissão para usar mísseis de longo alcance contra alvos em território russo. 

O centro da discussão gira em torno do uso dos mísseis britânicos Storm Shadow e americanos ATACMS, cujas capacidades estratégicas poderiam alterar significativamente o curso do conflito.

A questão aqui não é apenas militar, mas também política e diplomática, já que tanto os Estados Unidos quanto o Reino Unido estão sob pressão para decidir o grau de apoio militar à Ucrânia sem cruzar as "linhas vermelhas" traçadas por Putin. 

O debate sobre a permissão para o uso desses mísseis, capazes de atingir alvos estratégicos dentro da Rússia, reflete o temor de que isso possa escalar o conflito para um nível de confronto direto entre a OTAN e a Rússia. 

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A Escalada das Tensões  Entre OTAN e Rússia

A declaração da Casa Branca ocorre em um momento crítico: antes de uma reunião entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, em Washington. 

O foco da reunião foi se Kiev deveria ter a autorização para disparar os mísseis de longo alcance mencionados contra a Rússia. 

Esse debate tem sido impulsionado pela recente utilização de "glide bombs" russas em ataques a cidades ucranianas, o que trouxe novamente à tona a necessidade de reforçar o poderio militar ucraniano.

A Ucrânia argumenta que os mísseis de longo alcance seriam uma peça crucial no conflito, permitindo que forças ucranianas atinjam bases militares e centros logísticos cruciais para o exército russo. 

Embora Kiev já tenha em seu arsenal esses mísseis, a utilização deles permanece limitada a áreas fronteiriças, o que restringe seu potencial estratégico. 

Segundo fontes do New York Times, Biden estaria inclinado a permitir o uso de mísseis europeus, mas sem incluir os armamentos americanos nesse contexto. 

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No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, alertou que essa mudança na política militar ocidental "alteraria significativamente a natureza do conflito". Essa retórica, associada às suas ameaças anteriores, tem criado um impasse diplomático entre os países da OTAN.

 Moscou tem reiterado que qualquer ataque ao território russo resultaria em represálias severas, embora a Rússia até agora tenha mantido uma postura relativamente contida em resposta às incursões ucranianas em territórios como a Crimeia e Kursk.

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 O Impacto do Apoio Militar Ocidental

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A hesitação ocidental em fornecer armas de longo alcance para a Ucrânia é influenciada por várias questões. Primeiro, há o medo de uma possível escalada do conflito para um embate  de maior escala entre a OTAN e a Rússia. 

Segundo, há um cálculo estratégico sobre como Moscou pode reagir. 

Durante mais de dois anos de guerra, a Casa Branca tem considerado repetidamente a possibilidade de cruzar uma "linha vermelha" russa, seja com o fornecimento de artilharia de longo alcance, tanques ou aviões de combate à Ucrânia.

No entanto, um grupo de 17 ex-embaixadores e generais dos EUA expressou uma visão diferente. 

Em uma carta aberta ao governo americano, eles afirmaram que "amenizar" as restrições ao uso de armas ocidentais não resultará em uma intensificação da guerra por parte de Moscou". 

Para eles, a Ucrânia já está atacando territórios considerados russos com essas armas, e a resposta da Rússia tem permanecido dentro de limites previsíveis.

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A Reação da OTAN e da Comunidade Internacional

A posição dos países da OTAN tem sido dividida. Enquanto alguns países, como Polônia, têm pressionado por uma maior flexibilização no envio de armamentos para a Ucrânia, outros, como Alemanha e Itália, têm sido mais cautelosos.

 A hesitação em permitir que a Ucrânia use armamentos de longo alcance reflete o receio de que isso possa levar a uma escalada perigosa no conflito.

Além disso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem demonstrado frustração com a hesitação do Ocidente em enfrentar diretamente as ameaças russas. 

Em um discurso recente, ele acusou seus aliados de terem "medo" de agir com a mesma determinação com que defendem Israel, ao mesmo tempo que não estão dispostos a fornecer o mesmo nível de proteção para a Ucrânia. 

A pressão sobre Biden também envolve questões relacionadas à política interna dos EUA e à geopolítica do Oriente Médio. 

Fontes próximas à Casa Branca sugerem que o presidente americano está preocupado com a possibilidade de expor tropas americanas no Oriente Médio a ataques de milícias financiadas pela Rússia, caso o conflito na Ucrânia se intensifique.

Qual o Futuro do Conflito entre OTAN e Putin?

O dilema enfrentado por Biden e seus aliados é complexo. Por um lado, há a necessidade de fornecer à Ucrânia as ferramentas necessárias para se defender e, possivelmente, reverter os ganhos territoriais da Rússia. 

Por outro lado, há o temor de que qualquer movimento nesse sentido possa provocar uma resposta ainda mais agressiva de Moscou, levando a um conflito ainda mais amplo. 

Nesse cenário, a pergunta que fica é: até que ponto o equilíbrio de poder pode ser mantido sem que o conflito se torne uma guerra aberta entre as principais potências mundiais? 

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